19/03/2011

Desencarnes em Massa e Tragédias Coletivas II





























Para melhor entendermos a questão das expiações coletivas, esclarece o Espírito
Clélia Duplantier, em Obras Póstumas, que é preciso ver o homem sob três aspectos: o indivíduo, o membro da família e, finalmente, o cidadão. Sob cada um desses aspectos ele pode ser criminoso ou virtuoso. Em razão disso, existem as faltas do indivíduo, as da família e as da nação. Cada uma dessas faltas, qualquer que seja o aspecto, pode ser reparada pela aplicação da mesma lei.
A reparação dos erros praticados por uma família ou por um certo número de
pessoas é também solidária, isto é, os mesmos espíritos que erraram juntos reúnem-se para reparar suas faltas. A lei de ação e reação, nesse caso, que age sobre o indivíduo, é a mesma que age sobre a família, a nação, as raças, enfim, o conjunto de habitantes dos mundos, os quais formam individualidades coletivas.
Tal reparação se dá porque a alma, quando retorna ao Mundo Espiritual,
conscientizada da responsabilidade própria, faz o levantamento dos seus débitos
passados e, por isso mesmo, roga os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.

Segundo Emmanuel, nós “criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os
processos destinados a extinguir-lhe as conseqüências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e
progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança.
É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida”.
Tais apontamentos foram feitos ao final do capítulo intitulado “Desencarnações
Coletivas”, no livro Chico Xavier Pede Licença, quando o benfeitor espiritual responde
porque Deus permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos de incêndios.



TERREMOTOS

I
maginemos guerreiros do passado que destruíram cidades, arrasaram lares,
matando mulheres e crianças sob os escombros de suas casas, fazendo milhares de
vítimas. É lógico que os espíritos desses guerreiros, ao reencarnarem na Terra em novos corpos, atraídos por uma força magnética pelos crimes praticados coletivamente, se reúnem em determinadas circunstâncias, e sofrem “na pele” por meio de um terremoto ou outra catástrofe semelhante, o mesmo mal que fizeram às suas vítimas indefesas de ontem.



ACIDENTES DE AVIÃO


O espírito André Luiz, no capítulo 18 do Livro Ação e Reação, psicografado por
Chico Xavier, esclarece que piratas que afundaram e saquearam criminosamente
embarcações indefesas no dorso do mar, ceifando inúmeras vidas, agora encarnados em outros corpos, morrem coletivamente nos acidentes aviatórios.



TRAGÉDIA DO CIRCO


No dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói, em comovedora tragédia
num circo, a justiça da lei, através da reencarnação, reaproximou os responsáveis em
diversas posições da idade física para a dolorosa expiação, conforme relata o Espírito
Humberto de Campos, pelo médium Chico Xavier, no livro Crônicas de Além Túmulo. Os que morreram no século XX no circo de Niterói foram os mesmos que, no ano de 177 de nossa era, queimaram cerca de mil crianças e mulheres cristãs numa arena de um circo na Gália, região da França, na época do Império Romano.



OUTRAS CAUSAS


Ainda na mensagem “Desencarnações Coletivas”, o benfeitor espiritual Emmanuel
esclarece outros motivos para as mortes que se verificam coletivamente. Diz ele:
“Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na
volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.
Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito
pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias
arrasadoras.
Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do
ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de
sangue e lágrimas.
Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades na conquista de presas
fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a
reencarnação”.

Diz Allan Kardec, nos comentários da questão 738 de O Livro dos Espíritos, que
“venha por um flagelo à morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de
morrer, desde que haja soado a hora da partida. A única diferença, em caso de flagelo, é que maior número parte ao mesmo tempo”.
E finalmente, segundo esclareceram os Espíritos Superiores a Allan Kardec, na
resposta à questão 740 de O Livro dos Espíritos, “os flagelos são provas que dão ao
homem ocasião de exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo”.



Enquanto acreditamos que o tempo nos pertence, muitas vezes, caímos
presas de cipoais de sombra, mas, quando compreendemos que o tempo é
de Deus, o nosso retorno à paz se concretiza em abençoada recuperação
de nós mesmos para o amor que tudo regenera e tudo santifica.

(Aparecida - Francisco Cândido Xavier)
"Comandos do Amor", de Francisco Cândido Xavier Espíritos Diversos

2 comentários:

Anônimo disse...

E nunca nos esqueçamos que há desastres que podem serem evitados.ex:acidentes de trânsito,fome,distribuição de renda,terra,etc.Vamos ser mais virtuosos,sensatos,orarmos, e vigiarmos mais nossas condutas.

Silvânia disse...

Concordo com você meu irmão!
Existe inúmeros acidentes que há como evitarmos, mas nem sempre sabemos como agir devido nossa negligência e ignorância, por isso as virtudes que voxê destacou são muito importantes...

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