31/03/2012

A Cidade Nosso Lar - Palavras de Chico Xavier




        Pergunta – Poderíamos falar sobre o livro Nosso Lar, por exemplo, sobre as realidades do livro, sobre a distância da colônia, sobre alguma coisa das belezas de Nosso Lar?
         Chico Xavier – A literatura mediúnica em outros países atesta a existência de outras cidades semelhantes a Nosso Lar, uma das comunidades no chamado Espaço Brasileiro.
         Quando estávamos recebendo, mediunicamente, o primeiro livro de André Luiz, que traz esse título, impressionamo-nos vivamente com respeito ao assunto, porque a nossa perplexidade era indisfarçável e sendo o nosso assombro um motivo para perturbar a recepção do livro, o nosso André Luiz promoveu, em determinada noite, a nossa ausência do corpo físico para observar alguns aspectos, os aspectos mais exteriores, da chamada cidade Nosso Lar – mundo novo que somos chamados a perceber, a estudar, porque se relaciona com o futuro de cada um de nós. Ainda que não sejamos acolhidos na referida colônia, outros lares nos esperam após a desencarnação.
          Isto é muito importante.
Há muita gente que considera este assunto demasiadamente remoto para que venhamos a nos preocupar com ele. Entretanto, na lógica terrestre, somos obrigados a cuidar dos estoques de determinados materiais – gasolina, óleo, medicamento, cereais. Se nos interessamos por isso, no trânsito sobre a Terra, por que admitir por ocioso esse tema da espiritualidade que nos espera inevitavelmente a todos?
        O Espírito André Luiz, registrando-nos o espanto, porquanto a estranheza era enorme da parte de companheiros de Pedro Leopoldo e Belo Horizonte, aos quais mostrávamos as páginas em andamento, teve o cuidado de mostrar-nos determinada faixa de Nosso Lar, onde jaziam centenas de irmãos hospitalizados, ocupando a atenção de médicos, de instrutores, enfermeiras, sacerdotes e pastores das diversas religiões.
         Devemos assinalar este fato, de vez que, frequentemente, depois da morte, são obrigados a compartilhar-nos crenças e concepções com respeito às verdades eternas do espírito, quando a caridade de Nosso Senhor Jesus Cristo nos espera a todos, quanto a discernimento e compreensão.
        Cada criatura, nessa cidade, é chamada gradativamente para um estado mais amplo de entendimento. Nosso Lar é o retrato de muitas das colônias que nos aguardam, mas não é propriamente o retrato único, porque possuímos, além da Terra, além da vida física, muitas e muitas cidades de natureza superior e outras de natureza inferior a que chegaremos, inevitavelmente, segundo as nossas escolhas e méritos neste mundo.  

Entrevista concedida a Guiomar Albanesi
Centro Espírita Perseverança
São Paulo (SP), outubro de 1974



E a Vida Continua...


Certamente será mais um filme maravilhoso, assim como Nosso Lar...aguardemos mais esse presente...





Em Agosto de 2012, o público verá nos cinemas brasileiros uma história fascinante.
E a vida continua...

Filme adaptado do livro “E A VIDA CONTINUA”,
de André Luiz, psicografado por Chico Xavier.

Direção e Roteiro: Paulo Figueiredo
Produção:  Versátil Digital Filmes e VerOuvir Produções
Produtores: Oceano Vieira de Melo, Sonia Marsaiolli de Melo
e Paulo Figueiredo
Produtores Associados: FEB / VerOuvir / Versátil Digital Filmes
Distribuição Paris Filmes

Coordenação de Produção: Ricardo Parah
Gerência de Produção: Giselle Figueiredo
Produção de Elenco:Rosana Penna
Direção de Arte/Figurino: Liana Obata
Direção de fotografia: Tony Ciambra
Câmera:  Bruno Martins e Edson Audi 
Som direto:  Gustavo Goulart e Geraldo Ribeiro

Sinopse:

A transposição deste romance para a tela põe em destaque o que a obra original tem de mais expressivo em seu conteúdo. Converte a essência de cada trecho literário em cenas vivas, instigantes, de interesse humano inquestionável.
Levado por uma dessas tantas "coincidências" da vida, um homem de cinqüenta anos conhece, em circunstâncias dramáticas, uma jovem de vinte e cinco. Fugitivo de si mesmo, sobrevivente de uma tragédia pessoal que o tempo ensinou a esconder num bem-humorado sorriso, no mesmo instante se encanta por essa moça, que além da frustrada paixão pelo marido infiel nenhuma razão mais possui para  continuar vivendo.

Como náufragos à deriva, Ernesto e Evelina juntam forças e esperanças. Mas não só amores e desamores passados os tornam semelhantes. A questão da saúde comprometida pela mesma enfermidade grave, outra "coincidência", lança expectativas sombrias no futuro dos dois. Como investir numa tão promissora amizade que pode acabar sem glória e sem despedida no centro cirúrgico de um hospital? Instala-se a dúvida. E nos poucos dias que os separam de seus destinos curiosamente parecidos, o homem e a mulher que o "acaso" trouxe para um encontro preparam suas almas apostando na Vida mas com um olho na Morte.

No último minuto de proximidade na estância de repouso preparatório para as cirurgias, dizer o quê? Adeus? Até breve?

Na falta de resposta o silêncio foi melhor. Um sorriso e uma mão acenando disseram mais.

Como no Teatro, fechava-se a cortina ao final do Primeiro Ato. O Segundo seria num outro palco, numa nova dimensão, para uma outra platéia. Entenderiam os protagonistas, agora, que a Vida é uma peça de muitos Atos, porém sem fim.

E a Vida Continua...
Filme adaptado do livro “E A VIDA CONTINUA”,
de André Luiz, psicografado por Chico Xavier.

Atores principais do filme

AMANDA ACOSTA - Evelina Serpa
LUIZ BACCELLI - Ernesto Fantini
LIMA DUARTE - Instrutor Ribas
ANA ROSA – Lucinda
LUIZ CARLOS DE MORAES - Instrutor Cláudio
RUI REZENDE – Desidério dos Santos
LUIZ CARLOS FELIX – Caio Serpa
ANA LÚCIA TORRE - Brígida
CLAUDIA MELLO – Alzira
ARLETE MONTENEGRO - Sra. Tamburini
ROSANA PENNA – Elisa
RONALDO OLIVA -  Túlio Mancini
SAMANTHA CARACANTE – Vera Celina
CESAR PEZZUOLLI – Amâncio
CARLA FIORONI – Enfermeira Isa
PERSONAGENS DO UMBRAL - Guilherme Santana, Lucienne Cunha, Marco Antonelli e Débora Muniz, mais um grande elenco.

25/03/2012

A Indulgência





Meus amigos, a indulgência é um sentimento tão doce, tão fraternal, tão sublime, e a Lei de Amor nos mostra como devemos cada vez mais fazer uso desse sentimento no nosso dia a dia.
A Indulgência é praticar o perdão com benevolência, olhando  e agindo com o próximo da mesma forma que gostaríamos que eles agissem conosco. Se não gostamos da maneira que uma pessoa nos trata, porque a tratarmos então da mesma maneira? É um exercício diário, procurando enxergar o que de melhor o nosso próximo tem em si mesmo em vez de ficar observando suas falhas, já que não somos perfeitos. Muitas vezes focamos tanto nos defeitos dos nossos irmãos, amigos, familiares, e esquecemos dos nossos próprios defeitos, esquecemos de olhar o que podemos melhorar dentro de nós mesmo. Por isso é um "exercício diário", pois sempre temos oportunidade de praticá-lo no nosso dia a dia, procurando olhar com amor e sem julgamento o que o nossos irmãos tem de melhor a oferecer.
Silvânia.

                                        




        A indulgência é esse sentimento doce e fraternal que todo homem deve alimentar para com seus irmãos, mas do qual bem poucos fazem uso.

        A indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los.

        Ao contrário, oculta-os, a fim de que se não tornem conhecidos senão dela unicamente.

        E, se a malevolência os descobre, tem sempre pronta uma escusa para eles, escusa plausível, séria, não das que, com aparência de atenuar a falta, mais a evidenciam com pérfida intenção.

        A indulgência jamais se ocupa com os maus atos de outrem, a menos que seja para prestar um serviço.

        Mas, mesmo neste caso, tem o cuidado de os atenuar tanto  quanto possível.

        Não faz observações chocantes, não tem nos lábios censuras. Apenas conselhos e, as mais das vezes, velados.

        Ao fazer uma crítica qualquer, ela sempre irá pensar antes: que conseqüência se há de tirar destas palavras?

        Homens! Quando será que julgareis os vossos próprios corações, os vossos próprios atos, sem vos ocupardes com o que fazem vossos irmãos?

        Quando só tereis olhares severos sobre vós mesmos?

        Sede severos para convosco, indulgentes para com os outros.

        Lembrai-vos de que, talvez, tenhais cometido faltas mais graves.

        Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita.
Eis mais uma virtude fundamental para aqueles de nós que desejamos viver a Nova Era, a era do bem.

        A indulgência não se entende por conivência com a coisa errada, de forma alguma, mas, de uma forma benevolente, de tratar a alma equivocada.

        Nossa severidade excessiva com os outros pouco resolve. E, pelo contrário, esta ferocidade em nosso julgamento só nos tem trazido prejuízos morais.

        Quase sempre nossa crítica, nossa condenação, não visa o bem do outro, mas sim uma satisfação desequilibrada em simplesmente falar mal, ou condenar.

        Mecanismo psicológico de projecção, muitas vezes nos mostra no outro aquilo que detestamos em nós, e como fuga desastrosa, ao acusar, imaginamos que podemos nos livrar do mal intrínseco à nossa alma enferma.

        Acusar por acusar nunca nos trará o bem que desejamos, a paz que anelamos tanto.

        A maledicência é provocadora de prazer mórbido que atesta deficiência de carácter humano.

        Sejamos assim, indulgentes, da mesma forma que o Criador o é sempre connosco, vendo o que temos de bom, e sempre nos dando novas chances de acertar após nossos erros.

        Reforçar o erro de outrem é valorizar o negativo. É dar-lhe um destaque maior do que o necessário

        A indulgência é caridade, é compreensão e perdão.

Cap. X, itens 16 a 18 do livro: 
O evangelho Segundo o Espiritismo,de Allan Kardec