12/12/2008

Os Manuscritos do Mar Morto







Os Manuscritos do Mar Morto formam uma colecção de cerca de 930 documentos descobertos entre 1947 e 1956 em 11 cavernas próximo de Qumran, uma fortaleza a noroeste do Mar Morto, em Israel (em tempos históricos uma parte da Judéia). Estes documentos foram escritos entre o século III a.C. e o primeiro século depois de Cristo em Hebraico, Aramaico e grego. A maior parte deles consiste em pergaminhos, sendo uma pequena parcela de papiros e um deles gravado em cobre. Os manuscritos do Mar Morto foram classificados em três grupos: escritos bíblicos e comentários, textos apócrifos e literatura de Qumram.
Os textos são importantes por serem mil anos mais antigos do que os registros do
Velho Testamento conhecidos até então e por oferecerem uma vasta documentação inédita sobre o período em que foram escritos revelando aspectos desconhecidos do contexto político e religioso nos tempos do nascimento do Cristianismo e do judaísmo rabínico. Os pergaminhos contêm pelo menos um fragmento de todos os livros do das escrituras hebraicas, exceto o livro de Ester. Além de fragmentos bíblicos, contêm regras da comunidade, escritos apócrifos, filactérios, calendários e outros documentos.


HISTÓRICO
Os manuscritos do Mar Morto foram casualmente descobertos por um grupo de pastores de cabras, que em busca de um de seus animais, localizou, em 1947, a primeira das cavernas com jarros cerâmicos contendo os rolos. Inicialmente os pastores tentaram sem sucesso vender o material em Belém. Mais tarde, foram finalmente vendidos para Athanasius Samuel, bispo do mosteiro ortodoxo sírio São Marcos em Jerusálem e para Eleazar Sukenik, da Universidade Hebraica, em dois lotes distintos.
A autenticidade dos documentos foi atestada em 1948. Em 1954, governo
israelense, que já havia comprado o lote de Sukenik, comprou através de um representante, os documentos em posse do bispo, por 250 mil dólares.
Outra parte dos manuscritos, encontrada nas últimas dez cavernas, estavam no Museu Arqueológico da Palestina, em posse do governo da Jordânia, que então controlava o território de Qumram. O governo jordaniano autorizou apenas oito pesquisadores, a maioria padres católicos europeus, a trabalharem nos manuscritos. Em 1967, com a
Guerra dos Seis Dias, Israel apropriou-se do acervo do museu, porém, mesmo com a entrada de pesquisadores judeus, o avanço nas pesquisas não foi signicativo. Apenas em 1991, com a quebra de sigilo por parte da Biblioteca Hutington, em relação aos microfilmes que Israel havia enviado para algumas instituições pelo mundo, um número maior de pesquisadores passou a ter acesso aos documentos, permitindo que as pesquisas, enfim avançassem significativamente.
Os desdobramentos em relação aos resultados prosseguem e, recentemente, a Universidade da Califórnia apresentou o "The Visualization Qumram Project" (Projeto de Visualização de Qumram), recirnado em três dimensões a região onde os manuscritos foram achados. O Museu de Israel já publicou na Internet parte do material sob seus cuidados e o Instituto de Antiguidades de Israel do Museu Rockefeller trabalha para fazer o mesmo com sua parte do material.



AUTORIA
A autoria dos documentos é até hoje desconhecida. Com base em referências cruzadas com outros documentos históricos, ela atribuída aos essênios, uma seita judaica que viveu na região da descoberta e guarda semelhanças com as práticas identificadas nos textos encontradas. O termo "essênio", no entanto, não é encontrado nenhuma vez em nenhum dos manuscritos.
O que se sabe é que a comunidade de Qumram era formada provavelmente por homens, que viviam voluntariamente no deserto, em uma rotina de rigorosos hábitos, opunham-se à religiosidade sacerdotal e esperavam a vinda de um messias.
Antes da descoberta dos Rolos do Mar Morto, os
manuscritos mais antigos das Escrituras Hebraicas datavam da época do nono e do décimo século da era cristã. Havia muitas duvidas se se podia mesmo confiar nesses manuscritos como cópias fiéis de manuscritos mais antigos, visto que a escrita das Escrituras Hebraicas fora completada bem mais de mil anos antes.
Mas o Professor
Julio Trebolle Barrera, membro da equipe internacional de editores dos Rolos do Mar Morto, declarou: "O Rolo de Isaías [de Qumran] fornece prova irrefutável de que a transmissão do texto bíblico, durante um período de mais de mil anos pelas mãos de copistas judeus, foi extremamente fiel e cuidadosa."
O rolo mencionado por Barrera trata-se de uma peça com 7 metros de comprimento, em aramaico, contendo o inteiro livro de
Isaías. Diferentemente deste rolo, a maioria deles é constituída apenas por fragmentos, com menos de um décimo de qualquer dos livros. Os livros bíblicos mais populares em Qumran eram os Salmos (36 exemplares), Deuteronômio (29 exemplares) e Isaías (21 exemplares). Estes são também os livros mais freqüentemente citados nas Escrituras Gregas Cristãs.
Embora os rolos demonstrem que a Bíblia não sofreu mudanças fundamentais, eles também revelam, até certo ponto, que havia versões diferentes dos textos bíblicos hebraicos usadas pelos judeus no período do Segundo Templo, cada uma com as suas próprias variações. Nem todos os rolos são idênticos ao texto
massorético na grafia e na fraseologia. Alguns se aproximam mais da Septuaginta grega.
Anteriormente, os eruditos achavam que as diferenças na
Septuaginta talvez resultassem de erros ou mesmo de invenções deliberadas do tradutor. Agora, os rolos revelam que muitas das diferenças realmente se deviam a variações no texto hebraico. Isto talvez explique alguns dos casos em que os primeiros cristãos citavam textos das Escrituras Hebraicas usando fraseologia diferente do texto massorético. — Êxodo 1:5; Atos 7:14. Assim, este tesouro de rolos e fragmentos bíblicos fornece uma excelente base para o estudo da transmissão do texto bíblico hebraico. Os Rolos do Mar Morto confirmaram o valor tanto da Septuaginta como do Pentateuco samaritano para a comparação textual.
Os pergaminhos Fornecem uma fonte adicional para os tradutores da Bíblia considerarem possíveis emendas ao texto massorético. Por exemplo, em vários casos, eles confirmam decisões feitas pela Comissão da
Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, para restaurar o Nome de Deus nos lugares onde havia sido removido do texto massorético.
Os rolos que descrevem as normas e as crenças da seita de Qumran tornam bem claro que não havia apenas uma forma de judaísmo no tempo de Jesus. A seita de Qumran tinha tradições diferentes daquelas dos fariseus e dos saduceus. É provável que essas diferenças tenham levado a seita a se retirar para o ermo. Eles se encaravam como cumprindo Isaías 40:3 a respeito duma voz no ermo para tornar reta a estrada de YHWH. Diversos fragmentos de rolos mencionam o Messias, cuja vinda era encarada como iminente pelos autores deles. Isso é de interesse especial por causa do comentário de Lucas, de que “o povo estava em expectativa” da vinda do Messias. — Lucas 3:15.
Os Rolos do Mar Morto ajudam até certo ponto a compreender o contexto da vida judaica no tempo em que Jesus pregava. Fornecem informações comparativas para o estudo do hebraico antigo e do texto da Bíblia. Mas o texto de muitos dos Rolos do Mar Morto ainda exige uma análise mais de perto. Portanto, é possível que haja mais revelações. Deveras, a maior descoberta arqueológica do século XX continua a empolgar tanto eruditos como estudantes da Bíblia.

Espíritos Elementais...













Trecho extraído do belissimo livro do espirito Angelo Inácio (ARUANDA) psicografado por Robson Pinheiro, com o diálogo entre Pai João e Angelo Inácio em uma explicação detalhada sobre o tema complexo dos elementais.
“A medicina milenar da China, por exemplo, que já começa a ser endossada pelas pesquisas científicas atuais, igualmente identifica os quatro elementos. Sob o ponto de vista da magia, os quatro elementos ainda permanecem, sem entrar em conflito com as explicações científicas modernas.
Os magistas e ocultistas estabeleceram uma classificação dos elementais sob o ponto de vista desses elementos, considerando-os como forças da natureza ou tipos de energia.
- Então os elementais não possuem consciência de si mesmos? São apenas energia, é isso que entendi?
- Não, meu filho. Os seres elementais, irmãos nossos na criação divina, têm uma espécie de consciência instintiva. Podemos dizer que sua consciência está em elaboração. Apesar disso, eles se agrupam em famílias, assim como os elementos de uma tabela periódica.
- Não entendi…
- Preste atenção, meu filho - continuou o preto-velho.
- Os elementais são entidades espirituais relacionadas com os elementos da natureza. Lá, em meio aos elementos, desempenham tarefas muito importantes. Na verdade, não seria exagero dizer inclusive que são essenciais à totalidade da vida no mundo. Através dos elementais e de sua ação direta nos elementos é que chegam às mãos do homem as ervas, flores e frutos, bem como o oxigênio, a água e tudo o mais que a ciência denomina como sendo forças ou produtos naturais. Na natureza, esses seres se agrupam, segundo suas afinidades.
- Seriam então esses agrupamentos aquilo que você chama de família?
- Isso mesmo! Louvado seja Deus - comemorou Pai João.
- Essas famílias elementais, como as denominamos, estão profundamente ligadas a este ou aquele elemento: fogo, terra, água e ar, conforme a especialidade, a natureza e a procedência de cada uma delas.
- Os elementais já estiveram encarnados na Terra ou em outros mundos?
- Encarnações humanas, ainda não. Eles procedem de uma larga experiência evolutiva nos chamados reinos inferiores e, como princípios inteligentes, estão a caminho de uma humanização no futuro, que somente Deus conhece. Hoje, eles desempenham um papel muito importante junto à natureza como um todo, inclusive auxiliando os encarnados nas reuniões mediúnicas e os desencarnados sob cuja ordem servem.
- Como podem auxiliar em reuniões mediúnicas?
- Vamos por parte, meu filho, bem devagar. é bom compreender com profundidade a questão dos elementais para assim entender o comportamento da nossa irmã infeliz - disse Pai João, apontando para o espírito que antes observávamos.
- Como expliquei, podem-se classificar as famílias dos elementais de acordo com os respectivos elementos. Junto ao ar, por exemplo, temos a atuação dos silfos ou das süfides, que se apresentam em estatura pequena, dotados de intensa percepção psíquica. Eles diferem de outros espíritos da natureza por não se apresentarem sempre com a mesma forma, definida, permanente. São constituídos de uma substância etérea, absorvida dos elementos da atmosfera terrestre. Muitas vezes apresentam-se como sendo feitos de luz e lembram pirilampos ou raios. Também conseguem se manifestar, em conjunto, com um aspecto que remete aos efeitos da aurora boreal ou do arcoíris.
- Disso se depreende, então, que os silfos são os mais evoluídos entre todas as famílias de elementais?
- Eu diria apenas, meu filho, que os silfos são, entre todos os elementais, os que mais se assemelham às concepções que os homens geralmente fazem a respeito de anjos ou fadas. Correspondem às forças criadoras do ar, que são uma fonte de energia vital poderosa.
- Então eles vivem unicamente na atmosfera?

- Nem todos - respondeu Pai João. - Muitos elementais da família dos silfos possuem uma inteligência avançada e, devido ao grau de sua consciência, oferecem sua contribuição para criar as correntes atmosféricas, tão preciosas para a vida na Terra. Especializaram-se na purificação do ar terrestre e coordenam agrupamentos inteiros de outros elementais. Quanto à sua contribuição nos trabalhos práticos da mediunidade, pode-se ressaltar que os silfos auxiliam na criação e manutenção de formaspensamento, bem como na estruturação de imagens mentais. Nos trabalhos de ectoplasmia, são auxiliares diretos, quando há a necessidade de reeducação de espíritos endurecidos.
- E os outros elementais? - perguntei num misto de euforia e curiosidade.
- Vamos com calma, meu filho, vamos com calma - respondeu Pai João.
- Duas classes de elementais que merecem atenção são as ondinas e as ninfas, ambas relacionadas ao elemento água. Geralmente são entidades que desenvolvem um sentimento de amor muito intenso. Vivem no mar, nos lagos e lagoas, nos rios e cachoeiras e, na umbanda, são associadas ao orixá Oxum. As ondinas estão ligadas mais especificamente aos riachos, às fontes e nascentes, bem como ao orvalho, que se manifesta próximo a esses locais. Não podemos deixar de mencionar também sua relação com a chuva, pois trabalham de maneira mais intensa com a água doce. As ninfas, elementais que se parecem com as ondinas, apresentam-se com a forma espiritual envolvida numa aura azul e irradiam intensa luminosidade.
- Sendo assim, qual é a diferença entre as ondinas e as ninfas, já que ambas são elementais das águas?
- A diferença básica entre elas é suavidade e a doçura das ninfas, que voam sobre as águas, deslizando harmoniosamente, como se estivessem desempenhando uma coreografia aquática.
Para completar, temos ainda as sereias, personagens mitológicos que ilustraram por séculos as histórias dos marinheiros. Na realidade, sereias e tritões são elementais ligados diretamente às profundezas das águas salgadas. Possuem conotação feminina e masculina, respectivamente. Nas atividades mediúnicas, são utilizados para a limpeza de ambientes, da aura das pessoas e de regiões astrais poluídas por espíritos do mal.
- Eu pensei…
- Eu sei, meu filho - interrompeu-me João Cobú.
- Você pensou que tudo isso não passasse de lenda. Mas devo lhe afirmar, Ângelo, que, em sua grande maioria, as lendas e histórias consideradas como folclore apenas encobertam uma realidade do mundo astral, com maior ou menor grau de fidelidade. É que os homens ainda não estão preparados para conhecer ou confrontar determinadas questões.
- E as fadas? Quando encarnado, vi uma reportagem a respeito de fotografias tiradas na Escócia, que mostravam várias fadas. O que me diz a respeito?
- Bem, podemos dizer que as fadas sejam seres de transição entre os elementos terra e ar. Note-se que, embora tenham como função cuidar das flores e dos frutos, ligados à terra, elas se apresentam com asas. Pequenas e ágeis, irradiam luz branca e, em virtude de sua extrema delicadeza, realizam tarefas minuciosas junto à natureza. Seu trabalho também compreende a interferência direta na cor e nos matizes de tudo quanto existe no planeta Terra. Como tarefa espiritual, adoram auxiliar na limpeza de ambientes de instituições religiosas, templos e casas espíritas. Especializaram-se em emitir determinada substância capaz de manter por tempo indeterminado as formas mentais de ordem superior. Do mesmo modo, auxiliam os espíritos superiores na elaboração de ambientes extrafísicos com aparências belas e paradisíacas.
E, ainda, quando espíritos perversos são resgatados de seus antros e bases sombrias, são as fadas, sob a supervisão de seres mais elevados, que auxiliam na reconstrução desses ambientes. Transmutam a matéria astral impregnada de fluidos tóxicos e daninhos em castelos de luz e esplendor.
- Uau! - exclamei.
- Nunca poderia imaginar coisas assim…
- Mas não acabou ainda, meu filho - tornou Pai João.

- Temos ainda as salamandras, que são elementais associados ao fogo. Vivem ligados àquilo que os ocultistas denominaram éter e que os espíritas conhecem como fluido cósmico universal. Sem a ação das salamandras o fogo material definitivamente não existiria.
Como o fogo foi, entre os quatro elementos, o primeiro manipulado livremente pelo homem, e é parte de sua história desde o início da escalada evolutiva, as salamandras acompanham o progresso humano há eras. Devido a essa relação maisntima e antiga com o reino hominal, esses elementais adquiriram o poder de desencadear ou transformar emoções, isto é, podem absorvê-las ou inspirá-las. São hábeis ao desenvolver emoções muito semelhantes às humanas e. em virtude de sua ligação estreita com o elemento fogo, possuem a capacidade de bloquear vibrações negativas, possibilitando que o homem usufrua de um clima psíquico mais tranqüilo. Eu estava atônito. E o pai-velho prosseguia:
- Nas tarefas mediúnicas e em contato com o comando mental de médiuns experientes, as salamandras são potentes transmutadores e condensadores de energia. Auxiliam sobremaneira na queima de objetos e criações mentais originadas ou associadas à magia negra. Os espíritos superiores as utilizam tanto para a limpeza quanto para a destruição de bases e laboratórios das trevas. Habitados por inteligências do mal, são locais-chave em processos obsessivos complexos, onde, entre diversas coisas, são forjados aparelhos parasitas e outros artefatos. Objetos que, do mesmo modo, são destruídos graças à atuação das salamandras.
- E os duendes e gnomos? Também existem ou são obras da imaginação popular?
- Sem dúvida que existem!
Os duendes e gnomos são elementais ligados às florestas e, muitos deles, a lugares desertos. Possuem forma anã, que lembra o aspecto humano. Gostam de transitar pelas matas e bosques, dando sinais de sua presença através de cobras e aves, como o melro, a graúna e também o chamado pai-do-mato. Excelentes colaboradores nas reuniões de tratamento espiritual, são eles que trazem os elementos extraídos das plantas, o chamado bioplasma. Auxiliam assim os espíritos superiores com elementos curativos, de fundamental importância em reuniões de ectoplasmia e de fluidificação das águas. Tinha a sensação de que um novo mundo se revelava a meu conhecimento, tamanha a amplitude da ação desses espíritos da natureza. E Pai João continuava:
-Temos ainda os elementais que se relacionam à terra, os quais chamamos de avissais. Geralmente estão associados a rochas, cavernas subterrâneas e, vez ou outra, vêm à superfície. Atuam como transformadores, convertendo elementos materiais em energia. Também são preciosos coadjuvantes no trabalho dos bons espíritos, notadamente quando há a necessidade de criar roupas e indumentárias para espíritos materializados. Como estão ligados à terra, trazem uma cota de energia primária essencial para a reconstituição da aparência perispiritual de entidades materializadas, inclusive quando perderam a forma humana ou sentem-se com os membros e órgãos dilacerados.
- Nem podia imaginar que esses seres tivessem uma ação tão ampla e intensa.
- Pois bem, meu filho - tornou João Cobú, pacientemente.
- Repare, portanto, as implicações complexas da ação desta infeliz criatura, que se comprometeu amplamente com o mal. Apontando para o espírito no leito a nossa frente, que agora gemia, vítima de si mesmo, o velho Pai João relatou:
- Como médium, foi-lhe concedida a oportunidade de aprender certas lições de magia, no ambiente dos cultos afro-brasileiros. Utilizou mal o conhecimento que adquiriu e deliberadamente viciou muitos elementais com o sacrifício e o sangue de animais. Lançando mão de seu intenso magnetismo pessoal, manipulou o poder das salamandras e de outros elementais para atormentar muitas vidas, em troca de dinheiro, status e reconhecimento social.
- Ela brincou com as forças da natureza.
- Mais do que isso. Ela desviou os seres elementais do curso normal de sua evolução, comprometendo esses nossos irmãos com seus atos abomináveis.
- Mas os elementais dominados por ela não poderiam se rebelar ao seu comando?
- Os elementais são seres que ainda não passaram pela fase de humanidade. Oriundos dos reinos inferiores da natureza e mais especificamente do reino animal, ainda não ingressaram na espécie humana. Por essa razão trazem um conteúdo instintivo e primário muito intenso. Para eles, o homem é um deus. É habitual, e até natural, que obedeçam ao ser humano e, nesse processo, ligam-se a ele intensamente. Portanto, meu filho, todo médium é responsável não só pelas comunicações dadas por seu interior.
- Que se deve pensar da crença no poder que certas pessoas teriam, de enfeitiçar?
-Algumas pessoas dispõe de grande força magnética, de que podem fazer mau uso, se maus forem seus próprios Espíritos, caso em que possível se torna serem secundados por Espíritos maus. Não creias, porém, num pretenso poder mágico, que só existena imaginação de criaturas supersticiosas, ignorantes das verdadeiras leis da Natureza. Os fatos que tãtn, como prova da existência desse poder, são fatos naturais, mal observados e sobretudo mal compreendidos. O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. Poder oculto, talismãs e feiticeiros, item 552.
-É verdade! - observei com admiração.
- Recordo-me desse trecho, porém não havia feito a conexão daquele ponto com os elementais.
- Quando soar a hora certa no calendário da eternidade, esses seres serão conduzidos aos mundos de transição, adormecidos e, sob a interferência direta do Cristo, acordarão em sua presença, possuidores da chama eterna da razão. A partir de então, encaminhados aos mundos primitivos, vivenciarão suas primeiras encarnações junto às humanidades desses orbes. Esse é o motivo que ocasiona o fracasso da busca dos cientistas: procuram, na Terra, o elo de ligação, o elo perdido entre o mundo animal e o humano.
Não o encontrarão jamais.
As evidências não estão no planeta Terra, mas pertencem exclusivamente ao plano cósmico, administrado pelo Cristo.
O plano da criação é verdadeiramente graíndioso, e a compreensão desses aspectos desperta em nós uma reverência profunda ao autor da vida.




Sinopse do livro deRobson Pinheiro:
Aruanda
ROBSON PINHEIRO & ANGELO INACIO Após as repercussões de Tambores de Angola, o repórter do Além Ângelo Inácio prossegue seus relatos no romance Aruanda. Da colônia espiritual que habita, parte em direção à Crosta na companhia de pretos-velhos, caboclos e guardiões. Explora assuntos controversos, tais como magia negra e feitiçaria, seus mecanismos de ação e suas conseqüências; elementais, os espíritos da natureza a que se refere Kardec, e sua atuação nas reuniões mediúnicas. A visita a um laboratório das trevas e a obsessão complexa, com aparelhos parasitas e campos magnéticos, e os trabalhos práticos de apometria. Descubra os segredos de Aruanda.

Evolução






O conceito de evolução é parte fundamental do pensamento contemporâneo. Diante de sua relativa simplicidade e importância, parece impossível que há muito tempo não fosse uma idéia corrente. No entanto, evolução é um fato muito recente em todo o pensamento científico, filosófico e religioso.

A antiga tradição ocidental não considerava a evolução. Tanto a tradição grega como a judaico-cristã não avaliavam a natureza, o ser humano e a vida sob a perspectiva de modificação ao longo do tempo.

O conceito de Evolução também não foi considerado na Idade Média. A religião, em particular, atribuía ao ser humano uma criação especial, um ato da vontade de Deus e símbolo de seu poder e sabedoria. Criado à imagem de Deus, o homem não poderia se modificar ou ser comparado aos animais. A natureza teria sido criada para servir aos homens. Predominava a idéia de um tempo anterior de grandes realizações, uma idade de ouro, e, a seguir, a decadência. A crença na expulsão do paraíso reforçava essa noção. O passado teria sido melhor.

Mesmo durante o Renascimento (séculos XV e XVI), considerava-se que, apesar da criatividade e inventividade reinantes, os antigos continuavam sendo uma referência, que estava sendo retomada, mas não superada.

Aos poucos, porém, a perspectiva de que os antigos poderiam ser superados e o mundo aperfeiçoado foi ganhando destaque com a Revolução Científica do século XVII e com o Iluminismo do século XVIII.

Somente a partir do final século XVIII e principalmente durante o século XIX o conceito de evolução foi difundido, provocando um impacto sem precedentes em todo o sistema de pensamento ocidental. Praticamente, não houve área do conhecimento que tenha deixado de sofrer influência desse conceito, e o Espiritismo não foi exceção. Codificada na época em que os trabalhos de Charles Darwin e Alfred Russel Wallace estavam recebendo grande divulgação, a Doutrina Espírita utilizou-se da evolução como um conceito chave para a compreensão da moral, da ética, do polissistema material e espiritual, da posição do ser inteligente diante da vida. Vale a pena ressaltar que Wallace, além de co-autor da teoria da evolução através da seleção natural, foi um grande estudioso do Espiritismo.

Evolução, portanto, é fundamental no conjunto de conceitos que compõe o Espiritismo. Sem essa idéia, o entendimento da Doutrina se torna prejudicado e grande parte de seu valor como ferramenta para o crescimento pessoal e social se perde. Quando se avalia o que os espíritas entendem por evolução, percebe-se uma grande quantidade de interpretações que são inadequadas e, muitas vezes, contradizem o próprio conjunto doutrinário.

Para muitas pessoas, evolução significa simplesmente progresso, modificação para melhor, de técnicas, de equipamentos, entre inúmeras outras coisas, numa perspectiva que valoriza mais os bens materiais. Uma crença ingênua que não considera obstáculos e dificuldades surgidos com a explosão tecnológica e as questões éticas.

Algumas vezes, evolução é considerada o caminho do comportamento adequado, com objetivo definido, geralmente revelado aos homens e para o qual todos devem convergir. Evoluir seria encontrar o caminho correto, o caminho único, a trilha. Evolução, considerada dessa maneira, é designada como unicista e linear.

A evolução também pode ser considerada como uma necessidade, um impulso interno em cada pessoa, ocorrendo de forma paulatina, indefectível e continuamente, quando, então, é conhecida como necessitarista e continuísta. Ou se pode considerar que evolução só ocorre quando seguidas as normas de comportamento ideal, determinadas externamente à pessoa e ao grupo. Ou ainda, considerar que evolução significa melhora em direção à perfeição representada pela natureza ou pela divindade.

Essas várias maneiras de abordar a evolução estão em contradição com o conceito de Livre-Arbítrio e, portanto, não podem ser consideradas como o entendimento adequado de evolução para o Espiritismo.

Para o Espiritismo, evolução e progresso não significam, necessariamente, a mesma coisa. Evolução não é simplista, não se limita aos aspectos materiais, mas envolve múltiplos aspectos, em um quadro de imensa complexidade.

Para a Doutrina, a evolução é pluralista, pois é considerada um processo aberto, com infinitas trajetórias possíveis. Não é linear, não há um caminho certo, mas tantos caminhos quanto o número de consciências que existem no Universo.

A evolução não é apenas individual, mas do grupo de pessoas, encarnadas e desencarnadas, ao qual se está ligado. Evoluir implica em mudar a mentalidade e a massa crítica do grupo social.

Evolução não se acaba, não se encerra, não há um fim, não há um lugar a ser alcançado, pré-determinado, aonde todos, necessariamente, terão que chegar. A evolução não é considerada continuísta nem necessitarista, pois o processo não depende de uma força propulsora interna independente. Depende, principalmente, da vontade e ocorre em diferentes intensidades, na dependência do empenho que cada pessoa apresenta no sentido de sua ocorrência. O espírito conhece mais (evoluiu mais) na medida em que assume atitudes que lhe propiciam mais experiências ou na medida em que se utiliza mais intensamente das situações que enfrenta.

Evolução, para a Doutrina Espírita, significa modificação de comportamento pelo acúmulo, associação e operação de experiências, conhecimentos, na medida em que os limites pessoais são ultrapassados, as potencialidades são desenvolvidas e ampliadas e as capacidades ou habilidades são colocadas a serviço das pessoas com as quais se convive.

Evolução é o objetivo da vida, significa ampliação da consciência de si mesmo, da consciência de sua ligação com todos os seres do Universo, da consciência do papel e da função que desempenha na estruturação inteligente do Cosmo e da consciência do significado de Deus.

Fonte: SBEE - Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas

O Evangelho no lar...acenda esta luz...




Durante algum tempo Jesus ficou hospedado na casa de Simão Pedro, em Carfanaum. Em uma noite, quando as estrelas povoavam o firmamento em noite prateada de luar, Jesus pegou os sagrados escritos e, como se quisesse imprimir novo rumo a conversação que se fizera improdutiva e nada edificante, falou com bondade:


J - Simão, que faz o pescador quando se dirige para o mercado com os frutos de cada dia? Pedro pensou e respondeu hesitante:


P - Mestre, naturalmente escolhemos os melhores peixes, ninguém compra o resíduo da pesca. Jesus sorriu e perguntou novamente:


J- E o oleiro? O que faz para atender a tarefa que se propõe?P - Certamente, Senhor, modela o barro; imprimindo a forma que deseja. Jesus pergunta outra vez:


J - E o Carpinteiro, como procede para alcançar o trabalho que pretende realizar?


P – Senhor, lavrará a madeira bruta, usará a enxó, o serrote, o martelo e o formão. De outra forma, não aperfeiçoaria a peça bruta.Jesus calou-se por alguns instantes e depois concluiu:


J - Assim é o lar diante o mundo. O berço domestico é a primeira escola e o primeiro templo da alma. A casa do homem é a legitima exportadora de caracteres para a vida comum. 
Se o negociante seleciona a mercadoria, se o marceneiro não consegue fazer um barco sem afeiçoar a madeira aos seus propósitos, como esperar uma comunidade segura e tranqüila sem que o lar se aperfeiçoe? paz do mundo começa sob as telhas a que nos acolhemos. 
Se não aprendemos a viver em paz, entre quatro paredes, como aguardar a harmonia das nações? 
Se nós não habitamos a amar o irmão mais próximo, associado á nossa luta de cada dia, como respeitar o eterno pai que nos parece distante?
Pedro acendamos aqui, em terno de quantos nos procuram assistência fraterna, uma claridade nova. 
A mesa da tua casa é o lar de teu pão, nela recebemos do Senhor o alimento de cada dia. Por que não instalar, ao redor dela, a sementeira da felicidade e da paz na conversação e no pensamento? 
O pai, que nos dá o trigo para o celeiro, através do solo, enviamos a luz através do céu. Pedro reconhecido, tímido, disse:


P - Mestre, seja feito como desejas. Então Jesus, convidando familiares do apóstolo a palestra edificante e a meditação elevada, desenrolou os escritos da sabedoria e abriu, na terra o primeiro culto cristão no lar.
* * * L.E – Cap. II – do livro III, questão 659 a 666 nos esclarece sobre a prece.


Na prece podemos propor três coisas: Louvar, Pedir e Agradecer.
As preces que fazemos não podem mudar a natureza das nossas provações, nem desviar o curso. No entanto, a prece elevada atrai os bons espíritos, que nos dão forças para suportar com coragem e as provações parecerão menos duras.
E.S.E cap. XXV – Buscai e achareisDevemos lembrar que não basta pedir e ficar parado. 



Se não fizermos a nossa parte, nada acontecerá. 
Muitos companheiros passam a vida toda a pedir e falam mal de Deus, porque não conseguiu o que buscava.
 O Evangelho é claro “Buscai e achareis”, “ajuda-te e o céu te ajudará”. 
Mas, quando associamos a prece às ações no trabalho de transformação interior, transformando nosso corpo em templo sagrado, tudo parece mais fácil.
A implantação do culto do evangelho no lar deve ser feita com dedicação, perseverança e fé. Jamais devemos desanimar com as dificuldades que podem aparecer. 


Os benefícios do culto do evangelho no lar serão sentidos desde os primeiros momentos de sua inauguração.Toda a psicosfera da família se modifica. 


O lar se ilumina, pois a reunião da família em torno do Evangelho, os comentários edificantes, onde cada um colocará o seu ponto de vista favorece a melhora de todos, pois todos estão envolvidos com o estudo do evangelho.Quando os amigos do plano maior percebem que estamos nos dedicando para implantar o culto do evangelho no lar em nossa casa, passam a nos ajudam e vendo nossa persistência e respeito aos propósitos evangélicos, colocam na frente de nossa casa uma bandeira, “aqui se faz o evangelho”.


Conforme relatos de André Luiz, Bezerra de Menezes e outros companheiros do plano maior, muitas vezes as caravanas partem do plano superior em missão de resgate e aqui chegando identificam um lar onde se faz o evangelho e com a permissão dos protetores daquele lar, montam um posto avançado onde prestam socorro e buscam se fortalecer pelas boas energias que lá existe. 


Será que alguém já parou para pensar que pode estar hospedando entidades de grande quilate pelo simples fato da prática do culto do evangelho no lar, imaginem agora então em hospedar o próprio mestre em uma de suas visitas a Terra.
Escrito por: Bene


Achei muito interessante esse texto do irmão Bene, certamente ele estava muito inspirado por escrever uma mensagem desse quilate, com conteúdo muito bom para os leitores, concordo com tudo que ele escreveu,
O Evangelho no Lar, é uma prática muito importante, que todos deveriam fazer.
Todos nós deveremos acender a Luz de Jesus no nosso Lar!

Prece de Chico Xavier...
























Que Deus não permita... 


Que eu perca o ROMANTISMO,mesmo eu sabendo que as rosas não falam.


Que eu não perca o OTIMISMO,mesmo sabendo que o futuro que nos espera não éassim tão alegre.


Que eu não perca a VONTADE DE VIVER,mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos,dolorosa...


Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS,mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, elesacabam indo embora de nossas vidas...


Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS,mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver,reconhecer e retribuir esta ajuda.


Que eu não perca o EQUILÍBRIO,mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eucaia.


Que eu não perca a VONTADE DE AMAR,mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode nãosentir o mesmo sentimento por mim...


Que eu não perca a LUZ e o BRILHO NO OLHAR,mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo,escurecerão meus olhos...


Que eu não perca a GARRA,mesmo sabendo que a derrota e a perda são doisadversários extremamente perigosos.


Que eu não perca a RAZÃO,mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmerase deliciosas.


Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA,mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu.


Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO,mesmo sabendo que um dia meus braços estarãofracos...


Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER,mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meusolhos e escorrerão por minha alma...


Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA,mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiriaesforços incríveis para manter a sua harmonia.


Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMORque existe em meu coração,mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido eaté rejeitado.


Que eu não perca a vontade de SER GRANDE,mesmo sabendo que o mundo é pequeno...E acima de tudo...


Que eu jamais me esqueça que Deus me amainfinitamente, que um pequeno grão de alegria eesperança dentro de cada um é capaz de mudar etransformar qualquer coisa, pois....


"A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO AMOR!"
ﻺﻍჱﻺﻍ≡≡≡≡≡ΞΞΞΞΞΞΞﻺﻍჱﻺﻍΞΞΞΞΞΞΞ≡≡≡≡≡ﻺﻍჱﻺFica na Paz...


Fica com Deus!!

Oração de São Francisco de Assis
















  








  






Senhor!

Faze de mim um instrumento da tua paz!
onde houver ódio,
que eu leve o amor
onde houver ofensa
que eu leve o perdão,
onde houver discórdia
que eu leve a união,
onde houver dúvidas
que eu leve a fé,
onde houver erros
que eu leve a verdade,
onde houver desespero
que eu leve a esperança,
onde houver tristeza
que leve a alegria,
onde houver trevas
que eu leve a luz!


Ó Mestre! Faze que eu procure mais
Consolar, que ser consolado,
Compreender que ser compreendido,
Amar que ser amado...


Pois:

É dando que se recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a Vida Eterna.

Que assim seja !!


ﻺﻍჱﻺﻍ≡≡≡≡≡ΞΞΞΞΞΞΞﻺﻍჱﻺﻍΞΞΞΞΞΞΞ≡≡≡≡≡ﻺﻍჱﻺ

Fica na Paz...

Sintomas da Mediunidade


A mediunidade é faculdade inerente a todos os seres humanos, que um dia se apresentará ostensiva mais do que ocorre no presente momento histórico.À medida que se aprimoram os sentidos sensoriais, favorecendo com mais amplo cabedal de apreensão do mundo objetivo, amplia-se a embrionária percepção extrafísica, ensejando o surgimento natural da mediunidade.Não poucas vezes, é detectada por características especiais que podem ser confundidas com síndromes de algumas psicopatologias que, no passado, eram utilizadas para combater a sua existência.Não obstante, graças aos notáveis esforços e estudos de Allan Kardec, bem como de uma plêiade de investigadores dos fenômenos paranormais, a mediunidade vem podendo ser observada e perfeitamente aceita com respeito, face aos abençoados contributos que faculta ao pensamento e ao comportamento moral, social e espiritual das criaturas.Sutis ou vigorosos, alguns desses sintomas permanecem em determinadas ocasiões gerando mal-estar e dissabor, inquietação e transtorno depressivo, enquanto que, em outros momentos, surgem em forma de exaltação da personalidade, sensações desagradáveis no organismo, ou antipatias injustificáveis, animosidades mal disfarçadas, decorrência da assistência espiritual de que se é objeto.Muitas enfermidades de diagnose difícil, pela variedade da sintomatologia, têm suas raízes em distúrbios da mediunidade de prova, isto é, aquela que se manifesta com a finalidade de convidar o Espírito a resgates aflitivos de comportamentos perversos ou doentios mantidos em existências passadas. Por exemplo, na área física: dores no corpo, sem causa orgânica; cefalalgia periódica, sem razão biológica; problemas do sono - insônia, pesadelos, pavores noturnos com sudorese -; taquicardias, sem motivo justo; colapso periférico sem nenhuma disfunção circulatória, constituindo todos eles ou apenas alguns, perturbações defluentes de mediunidade em surgimento e com sintonia desequilibrada.


No comportamento psicológico, ainda apresentam-se: ansiedade, fobias variadas, perturbações emocionais, inquietação íntima, pessimismo, desconfianças generalizadas, sensações de presenças imateriais - sombras e vultos, vozes e toques - que surgem inesperadamente, tanto quanto desaparecem sem qualquer medicação, representando distúrbios mediúnicos inconscientes, que decorrem da captação de ondas mentais e vibrações que sincronizam com o perispírito do enfermo, procedentes de Entidades sofredoras ou vingadoras, atraídas pela necessidade de refazimento dos conflitos em que ambos - encarnado e desencarnado - se viram envolvidos.Esses sintomas, geralmente pertencentes ao capítulo das obsessões simples, revelam presença de faculdade mediúnica em desdobramento, requerendo os cuidados pertinentes à sua educação e prática.Nem todos os indivíduos, no entanto, que se apresentam com sintomas de tal porte, necessitam de exercer a faculdade de que são portadores. Após a conveniente terapia que é ensejada pelo estudo do Espiritismo e pela transformação moral do paciente, que se fazem indispensáveis ao equilíbrio pessoal, recuperam a harmonia física, emocional e psíquica, prosseguindo, no entanto, com outra visão da vida e diferente comportamento, para que não lhe aconteça nada pior, conforme elucidava Jesus após o atendimento e a recuperação daqueles que O buscavam e tinham o quadro de sofrimentos revertido.Grande número, porém, de portadores de mediunidade, tem compromisso com a tarefa específica, que lhe exige conhecimento, exercício, abnegação, sentimento de amor e caridade, a fim de atrair os Espíritos Nobres, que se encarregarão de auxiliar a cada um na desincumbência do mister iluminativo.Trabalhadores da última hora, novos profetas, transformando-se nos modernos obreiros do Senhor, estão comprometidos com o programa espiritual da modificação pessoal, assim como da sociedade, com vistas à Era do Espírito imortal que já se encontra com os seus alicerces fincados na consciência terrestre


Quando, porém, os distúrbios permanecerem durante o tratamento espiritual, convém que seja levada em conta a psicoterapia consciente, através de especialistas próprios, com o fim de auxiliar o paciente-médium a realizar o autodescobrimento, liberando-se de conflitos e complexos perturbadores, que são decorrentes das experiências infelizes de ontem como de hoje.O esforço pelo aprimoramento interior aliado à prática do bem, abre os espaços mentais à renovação psíquica, que se enriquece de valores otimistas e positivos que se encontram no bojo do Espiritismo, favorecendo a criatura humana com alegria de viver e de servir, ao tempo que a mesma adquire segurança pessoal e confiança irrestrita em Deus, avançando sem qualquer impedimento no rumo da própria harmonia.Naturalmente, enquanto se está encarnado, o processo de crescimento espiritual ocorre por meio dos fatores que constituem a argamassa celular, sempre passível de enfermidades, de desconsertos, de problemas que fazem parte da psicosfera terrestre, face à condição evolutiva de cada qual.A mediunidade, porém, exercida nobremente se torna uma bandeira cristã e humanitária, conduzindo mentes e corações ao porto de segurança e de paz.A mediunidade, portanto, não é um transtorno do organismo. O seu desconhecimento, a falta de atendimento aos seus impositivos, geram distúrbios que podem ser evitados ou, quando se apresentam, receberem a conveniente orientação para que sejam corrigidos.Tratando-se de uma faculdade que permite o intercâmbio entre os dois mundos - o físico e o espiritual - proporciona a captação de energias cujo teor vibratório corresponde à qualidade moral daqueles que as emitem, assim como daqueloutros que as captam e as transformam em mensagens significativas.


Nesse capítulo, não poucas enfermidades se originam desse intercâmbio, quando procedem as vibrações de Entidades doentias ou perversas, que perturbam o sistema nervoso dos médiuns incipientes, produzindo distúrbios no sistema glandular e até mesmo afetando o imunológico, facultando campo para a instalação de bactérias e vírus destrutivos.A correta educação das forças mediúnicas proporciona equilíbrio emocional e fisiológico, ensejando saúde integral ao seu portador.É óbvio que não impedirá a manifestação dos fenômenos decorrentes da Lei de Causa e Efeito, de que necessita o Espírito no seu processo evolutivo, mas facultará a tranqüila condução dos mesmos sem danos para a existência, que prosseguirá em clima de harmonia e saudável, embora os acontecimentos impostos pela necessidade da evolução pessoal.Cuidadosamente atendida, a mediunidade proporciona bem-estar físico e emocional, contribuindo para maior captação de energias revigorantes, que alçam a mente a regiões felizes e nobres, de onde se podem haurir conhecimentos e sentimentos inabituais, que aformoseiam o Espírito e o enriquecem de beleza e de paz.Superados, portanto, os sintomas de apresentação da mediunidade, surgem as responsabilidades diante dos novos deveres que irão constituir o clima psíquico ditoso do indivíduo que, compreendendo a magnitude da ocorrência, crescerá interiormente no rumo do Bem e de Deus.


(Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 10 de julho de 2000, em Paramirim, Bahia).(Jornal Mundo Espírita de Março de 2001)

Manoel P. de Miranda (espírito)