30/10/2011
Se as letras bastassem – Emmanuel (Chico Xavier)
Se as letras bastassem, não teríamos as nações superalfabetizadas da Terra patrocinando o ódio e a destruição em conflitos de morte.
Se as letras bastassem, não contemplaríamos a religião detida no culto externo e a ciência tanta vez convertida em arma de extermínio, nas mãos da inteligência destrambelhada.
Se as letras bastassem, não identificaríamos o suicídio por enfermidade moral, alastrando-se de preferência, entre as classes privilegiadas pela cultura do cérebro.
Se as letras bastassem, decerto, não seríamos defrontados, na atualidade, pela indústria crescente do aborto delituoso nos lares que a instrução e o reconforto assinalam, em muitas ocasiões, com o beneplácito de muitas autoridades humanas.
Não vale ensinar tão-somente a técnica do fazer.
Necessário, antes de tudo, saber fazer para o bem de todos.
Repletar-se-ão as arcas de um povo com o ouro fácil da economia de absorção indireta, todavia, se esse povo ignora com utilizar a riqueza na exaltação da grande fraternidade que rege a vida, nessa mesma grandeza de que se orgulha encontrará os agentes letais da miséria e do desespero.
Adornar-se-á o homem com títulos respeitáveis, no campo das profissões, entretanto, se não busca movimentá-los no auxílio dos outros, nessa mesma vantagem particular surpreenderá o caminho descendente para a ruína.
Impossível dispensar a escola que ilustra o raciocínio, mas, antepondo-se a ela, é indispensável se erga no mundo a orientação que apura o sentimento.
Antes de conhecer, é forçoso compreender, a fim de que o passo da criatura não se desvie do rumo certo.
É por isso, sem dúvida, que Jesus, embora anjo entre os anjos e sábio dos sábios, preferiu manifestar-se entre os homens como sendo o Divino Mestre do coração.
Emmanuel
(De Passos da Vida, de Francisco Cândido Xavier Espíritos diversos)
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