22/07/2009

Curso Básico Sobre Mediunidade - Mediunidade e Prece


    
                                       
Mediunidade e Prece



1 - ASPECTO FORMAL


1.1 - PERANTE A ORAÇÃO 



Proferir prece inicial e a prece final nas reuniões doutrinárias, facilitando-se, dessa forma, a ligação com os benfeitores da vida maior.
A prece enlaça os Espíritos.
***
Quanto possível, abandonar as fórmulas decoradas e a leitura maquinal das “preces prontas”, e viver preferentemente as expressões criadas de improviso, em plena emotividade, na exaltação da própria fé.
Há diferença fundamental entre orar e declamar.
***
Abster-se de repetir em voz alta as preces que são proferidas por amigos outros nas reuniões doutrinárias.
A oração, acima de tudo, é sentimento.
***
Prevenir-se contra a afetação e exibicionismo ao proferir essa ou aquela prece, adotando prece, adotando concisão e espontaneidade em todas elas, para que não se façam veículo de intenções especiosas.
Fervor d'alma, luz na prece.
***
Durante os colóquios da fé, recordar todos aqueles a quem tenhamos melindrado ou ferido, ainda mesmo inconscientemente, rogando-lhes, em silêncio e à distância, o necessário perdão de nossas faltas.
Os resultados da oração, quanto os resultados da amor, são ilimitados.
***
Cancelar as solicitações incessantes de benefícios para si mesmo, centralizando o pensamento na intercessão em favor dos menos felizes.
Que ora em favor dos outros, ajuda a si próprio.
***
Controlar a modulação da voz nas preces públicas, para fugir à teatralidade e à convenção.
O sentimento é tudo.
***
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação.”
Jesus. (Mateus, 26:41)




2 - ASPECTO CIENTÍFICO

I - CARÁTER DA PRECE 

Não basta ter estabelecido as nossas relações com Deus.É necessário entrar em comunhão com Ele, isto é, é necessária a oração.Eis aqui uma outra cousa elementar, comumente não compreendida e que também é aqui uma outra coisa elementar, comumente não compreendida e que também é necessário compreender, para não só alcançar o conhecimento da vontade de Deus, mas também a adesão a ela e, com isto, a união mística da alma com Ele.Em geral não se sabe orar e assim se explica o escasso resultado que obtemos com nossas orações.
A lei de Deus, que tudo regula, inclusive a nossa vida, não é e não pode ser ilógico capricho, como freqüentemente cremos e como, tais somos nós, assim desejaríamos, para que pudéssemos submeter à nossa vontade.Nesta lei que guia e rege o universo, tudo é ordem, lógica, método, disciplina.O contrário está apenas em nós, que somos um grosseiro esboço de sua realização e, por conseguinte, nos encontramos muito longe de sua perfeição.A desordem não está na lei, nem em Deus, mas somente em nós e a dor que lhe é conseqüente, não é uma absurda condenação de um Deus malvado, que nos criou para atormentar-nos, mas é uma prova da Sua bondade, sabedoria e cuidado que nos dedica, visto que por intermédio dela, Ele nos conduz pelo único caminho que nos pode proporcionar felicidade, sabiamente corrigindo-nos e ensinando-nos na escola da vida.A dor que tanto nos azorraga não é uma violação da vida divina do universo, mas é justamente uma reintegração nela, ainda que seja às nossas expensas, o que é justo, porque fomos nós que livremente quisemos violá-la.




II - MECANISMO DA PRECE

REFLEXO CONDICIONADO E MEDIUNIDADE 


Em toda parte, desde os amuletos das tribos mergulhadas em profunda ignorância até os cânticos sublimados dos santuários religiosos dos templos modernos, vemos o reflexo condicionado, facilitando a exteriorização de recursos da mente, para o intercâmbio com o plano espiritual.
Talismãs e altares, vestes e paramentos, símbolos e imagens, vasos e perfumes, não passam de petrechos destinados a incentivar a produção de ondas mentais, nesse ou naquele sentido, atraindo forças do mesmo tipo que as arremessadas pelo operador desta ou daquela cerimônia, mágica ou religiosa e pelas assembléias que os acompanham. Visando certos fins.
E compreendendo-se que os semelhantes se atraem, o bruxo que se vale da mandrágora para endereçar vibrações deprimentes a certa pessoa, a esta procura induzir à emissão de energias do mesmo naipe com que, à base de terror, assimila correntes mentais inferiores, prejudicando a si mesma, sempre que não possua a integridade da consciência tranqüila; o sacerdote de classe elevada, toda vez que aproveita os elementos de sua fé para consolar um espírito desesperado, está impelindo-o à produção de raios mentais enobrecidos, com os quais forma o clima adequado à recepção do auxílio da Esfera Superior; o médico que encoraja o paciente, usando autoridade e doçura, inclina-o a gerar, em favor de si mesmo, oscilações mentais restaurativas, pelas quais se relaciona com os poderes curativos estuantes em todos os escaninhos da natureza; o professo, estimulando o discípulo a dominar o aprendizado dessa ou daquela expressão, impulsiona-o a condicionar os elementos do próprio espírito, ajustando-lhe a onda mental para incorporar a carga de conhecimento de que necessita.




GRANDEZA DA ORAÇÃO 

Observamos em todos os momentos da alma, seja no repouso ou na atividade, o reflexo condicionado (ou ação independente da vontade que se segue, imediatamente, a uma excitação externa) nas bases das operações da mente, objetivando esse ou aquele gênero de serviço.
Daí resulta o impositivo da vigilância sobre a nossa própria orientação, de vez que somente a conduta reta sustenta o reto pensamento e de posse do reto pensamento, a oração, qualquer que seja o nosso grau de cultura intelectual, é o mais elevado toque de indução para que nos coloquemos, para logo, em regime de comunhão com as Esferas Superiores.
De essência divina, a prece será sempre o reflexo positivamente sublime do Espírito, em qualquer posição, por obrigá-lo a despedir de si mesmo os elementos mais puros que possa dispor.
No reconhecimento ou não da petição, na diligência ou no êxtase, na alegria ou na dor, na tranqüilidade ou na aflição, ei-la exteriorizando a consciência que a formula, em efusões indescritíveis, sobre as quais as ondulações do Céu corrigem o magnetismo torturado da criatura, insulada no sofrimento educativo da Terra, recompondo-lhe as faculdades profundas.
A mente centralizada na oração pode ser comparada a uma flor estelar, aberta ante o infinito, absorvendo-lhe o orvalho nutriente de vida e luz
Aliada à higiene do espírito, a prece representa o comutador das correntes mentais, arrojando-as à sublimação.




3 - AÇÃO DA PRECE

Com o objetivo de melhor compreender a ação da prece, examinemos através do gráfico n.º 1, os fenômenos que ocorrem quer durante a realização de uma sessão espírita, querem nossas relações normais de todos os dias.



4 - REFERÊNCIAS:
1 - Luiz, André - “Conduta Espírita”- obra mediúnica recebida por Waldo Vieira - FEB - GB - 1961
2 - Ubaldi, Pietro - “Ascensões Humanas” - LAKE - S.Paulo - 2ª edição.
3 - Luiz, André - “Mecanismos da Mediunidade” - Obra mediúnica recebida por F.C.Xavier e Waldo Vieira - FEB - GB - 1960
4 - Pastorino, C.Torres - “Técnica da Mediunidade”- Ed.Sabedoria - GB - 1970.
5 - Armond, Edgard - “Mediunidade” - LAKE - S.Paulo, 1956.

0 comentários:

Postar um comentário