Acrescenta ele: “Um dos primeiros resultados que colhi das minhas observações foi que os espíritos, nada mais sendo que as almas dos homens, não possuíam a plena sabedoria, nem a ciência integral; que o saber de que dispunham se circunscrevia ao grau que haviam alcançado, de adiantamento. (...) Reconhecida desde o princípio, esta verdade preservou-me do grave escolho de crer na infalibilidade dos espíritos e impediu-me de formular teorias prematuras, tendo por base o que fora dito por um ou alguns deles”. “O simples facto da comunicação com os espíritos, dissessem eles o que dissessem, provava a existência do mundo invisível ambiente. Já era um ponto essencial, um imenso campo aberto às nossas explorações, a chave de inúmeros fenómenos até aqui inexplicados. O segundo ponto, não menos importante, era que aquela comunicação permitia que se conhecesse o estado desse mundo, seus costumes, (...).Cada espírito, em virtude de sua posição pessoal e de seus conhecimentos, me desvendava uma face daquele mundo, do mesmo modo que se chega a conhecer o estado de um país interrogando habitantes seus de todas as classes, não podendo um só, individualmente, informar-nos de tudo. Compete ao observador formar o conjunto, por meio dos documentos colhidos de diferentes lados, coleccionados, coordenados e comparados uns com os outros. Conduzi-me, pois, com os espíritos, como houvera feito com os homens. Para mim, eles foram, do menor ao maior, meios de me informar, e não reveladores predestinados”. “Tais as disposições com que empreendi meus estudos, e nelas prossegui sempre.
Observar, comparar e julgar, essa sempre a regra que segui”. E no seu livro “O que é o Espiritismo” o codificador explica, sumariamente:
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