- Todos os Espíritos que cercam o médium o auxiliam, para o bem ou para o mal.”
1 - COMUNICAÇÕES ESPELHANDO AS IDÉIAS PRESENTES:
“Os Espíritos superiores procuram encaminhar para uma corrente de idéias sérias as reuniões fúteis ?”.
- Os Espíritos superiores não vão às reuniões onde sabem que a presença deles é inútil.Nos meios pouco instruídos, mas onde há sinceridade, de boa mente vamos, ainda mesmo que aí só encontremos instrumentos medíocres.Não vamos, porém, aos meios instruídos onde domina a ironia.Em tais meios , é necessário se fale aos ouvidos e aos olhos:Esse o papel dos Espíritos batedores e zombeteiros.Convém que aqueles que se orgulham da sua ciência sejam humilhados pelos Espíritos menos instruídos e menos adiantados.
“Aos Espíritos inferiores é interditado o acesso às reuniões sérias ?
- Não, algumas vezes lhes é permitido assistir a elas, a fim de aproveitarem os ensinos que vos são dados”.
“Partindo desse princípio, suponhamos uma reunião de homens levianos, inconseqüentes, ocupados com seus prazeres; quais serão os Espíritos que preferencialmente os cercarão ?”
- Não serão, de certo, os Espíritos superiores, do mesmo modo que não seriam os nossos sábios e filósofos os que iriam passar o seu tempo em semelhante lugar.Assim, onde quer que haja uma reunião de homens, há igualmente em torno deles uma assembléia oculta, que simpatiza com suas qualidades e seus defeitos, feita abstração completa de toda a idéia de evocação.Admitamos agora que tais homens tenham a possibilidade de se comunicarem com seres do mundo invisível, por meio de um intérprete, isto é, por meio de um médium; quais serão os que lhes responderão o chamado ?Evidentemente, os que os estão rodeando de muito perto, à espreita de uma ocasião de se comunicarem.Se numa assembléia fútil, chamarem um Espírito superior, este poderá vir e até proferir algumas palavras poderosas, como um bom [pastor que acode ao chamamento de suas ovelhas desgarradas.Porém, desde que não se veja compreendido nem ouvido, retire-se, como em seu lugar o faria qualquer de nós, ficando os outros com o campo livre.”
“Quando as comunicações concordam com a opinião dos assistentes, não é que essa opinião se reflita no Espírito do médium como num espelho; é que com os assistentes estão Espíritos que lhes são simpáticos, para o bem, tanto para o mal, e que abundam nos seus modos de ver.Prova-o o fato de que, se tiverdes a força de atrair outros Espíritos, que não os vos cercam, o mesmo médium usará linguagem absolutamente diversa e dirá coisas muito distanciadas das vossas idéias e das vossas convicções.
Em resumo: As condições dos meios serão tanto melhores quanto mais homogeneidade houver para o bem, mais sentimento puros e elevados, mais desejo sincero de instrução, sem idéias preconcebidas”.
“É preciso, portanto, que (os médiuns) somente freqüentem sessões onde encontrem ambientes verdadeiramente espiritualizados, onde imperem as forças boas e onde as más, quando se apresentarem, possam ser dominadas.
E sessões desta natureza só podem existir onde haja, da parte de seus dirigentes, um objetivo elevado a atingir, fora do personalismo e da influência de interesses materiais, onde os dirigentes estejam integrados na realização de um programa elaborado e executado em conjunto com entidades espirituais de hierarquia elevada.”
Sem espiritualidade não se consegue isso; sem evangelho não se consegue espiritualidade e sem propósito firme e perseverante de reforma moral não se realiza o evangelho. (Ref. 2, Pág. 84)
2 - SUPERAÇÃO DE OBSTÁCULOS NATURAIS:
“Precisa, por outro lado (o médium), criar um ambiente doméstico favorável, pacífico, fugindo às discussões estéreis e desentendimentos, e sofrer as contrariedades inevitáveis com paciência e tolerância evangélicas.
Como pai, como irmão ou como filho, mas, sobretudo, como esposo, deve viver em seu lar como um exemplo vivo de pacificação, de acomodação, de conselho e de boa vontade.Não esqueça que, em sua qualidade de médium de prova, ainda não desenvolvido, ou melhor educado, representa sempre uma porta aberta a influências perniciosas de caráter inferior que, por seu intermédio, comumente atingem os indivíduos com quem convive.
E, quanto à sua vida social, deve exercer seus deveres com rigor e honestidade, guardando-se, porém, de se deixar contaminar pelas influências malévolas naturais dos meios em que se põem em contato indivíduos de toda espécie, sem homogeneidade de pensamentos, crenças, educação e sentimentos”.
“Na série de obstáculos que, em muitas ocasiões, parecem inteligentemente determinados a lhe entravarem o passo, repontam os mais imprevistos contratempos à frente do servidor da desobsessão.
Uma criança cai, explodindo em choro...
Desaparece a chave de uma porta...
Um recado chega, de imprevisto, suscitando preocupações...
Alguém chama para solicitar um favor...
Certo familiar se queixa de dores súbitas...
Colapso do sistema de condução...
Dificuldades de trânsito...
O colaborador do serviço de socorro aos desencarnados sofredores não pode hesitar.Providencie, de imediato, as soluções razoáveis para esses pequeninos problemas e siga ao encontro das obrigações espirituais que o aguardam, lembrando-se de que mesmo as festas de natureza familiar, quais sejam as comemorações de aniversário ou os júbilos por determinados eventos domésticos, não devem ser categorizados à conta de obstrução”.
3 - HOMOGENEIDADE DE PENSAMENTOS:
“O capítulo “mandato mediúnico” dá-nos margem para verificarmos a extensão do auxílio dispensado ao médium investido de tal encargo.Mesmo nos ambientes heterogêneos, onde os pensamentos inadequados poderiam influenciá-lo levando-o a equívocos, a proteção se faz de modo eficiente e sumamente confortador.
Além do seu próprio equilíbrio, autodefesa decorrente das virtudes que exornam a sua pessoa, tais como as referidas anteriormente e consideradas essenciais ao mandato mediúnico, trabalha o médium dentro de uma faixa magnética que o liga ao responsável pela obra de que está incumbido, segundo verificamos nas palavras a seguir transcritas:Entre Dona Ambrosina e Gabriel destacava-se agora extensa faixa elástica de luz azulínea, e amigos espirituais, prestos na solidariedade, nela entravam e, um a um, tomavam o braço da medianeira, depois de lhe influenciarem os centros corticais, atendendo, tanto quanto possível. Aos problemas ali expostos”.
Essa faixa de luz - partindo do irmão Gabriel e envolvendo inteiramente a médium - tem a finalidade de defendê-la contra a avalanche de formas-pensamentos dos encarnados e dos desencarnados menos esclarecidos, os quais, em sua generalidade, carreiam aflitivos problemas e dolorosas inquietudes.
Nenhuma interferência ao receituário, graças a essa barreira magnética que a sua condição de médium no exercício do mandato e a magnitude da tarefa justificam plenamente.
“Ao que tem, mais lhe será dado” - afirmou o Mestre Divino.
Os pensamentos de má vontade, de vingança e revolta, bem assim os de curiosidade, não conseguem perturbar a tarefa do médium que, no espírito de sacrifício e no devotamento do bem, se edificou em definitivo.
Bondade, discrição, discernimento, perseverança e sacrifício somam, na contabilidade do Céu, proteção e ajuda”. (Ref. 4, Cap. XXV)
“Não podemos entender serviço mediúnico sem noção de responsabilidade individual”.
É inconcebível se promova o intercâmbio com a Espiritualidade sem que haja, da parte de cada um e de todos, em conjunto, aquela nota de respeito e veneração que nos faz servir, “espiritualmente ajoelhados”, às tarefas mediúnicas.
Os amigos Espirituais consagram tanto respeito ao setor mediúnico que o assistente Áulus, ao se dirigir para sala de reuniões, teve as seguintes palavras que, de maneira expressiva, e singular, traduzem a maneira como encaram o serviço:
“Vemos aqui o salão consagrado aos ensinamentos públicos.Todavia, o núcleo que buscamos (sala de sessões mediúnicas), jaz em reduto íntimo, assim o coração dentro do corpo”.
E, referindo-se à preparação dos encarnados, antes do início dos trabalhos, reporta-se a:
“Quinze minutos de prece, quando não sejam de palestra ou leitura com elevadas bases morais”.
Não se justifica, realmente, que antes das reuniões, demorem-se os encarnados em conversações inteiramente estranhas às suas finalidades.Não se justificam a conversação inadequada e o ambiente impregnado de fumo, numa ostensiva desatenção a respeitáveis entidades e num desapreço aos irmãos sofredores trazidos aos centros afins de que, em ambiente purificado, sejam superiormente atendidos.
Há grupos em que os encarnados se comprazem, inclusive, em palestras desaconselháveis que estimulam paixões, tais como, política, negócios e alusões a companheiros ausentes, numa prova indiscutível de que não colaboram para que os recintos reservados às tarefas espirituais adquiram a feição de templos iluminativos.
Salientando o sentimento de responsabilidade dos dez companheiros do grupo visitado, Áulus esclarece:
“Sabem que não devem abordar o mundo espiritual sem a atitude nobre e digna que lhes outorgará a possibilidade de atrair companhias edificantes, e, por este motivo, não comparecem aqui sem trazer ao campo que lhes é invisível as sementes do melhor que possuem”.
Tendo Jesus Cristo afirmado que estaria sempre, “onde duas ou três pessoas se reunissem em seu nome”, estamos convictos de que, onde o trabalho se realizar sob a inspiração de seu amor, num palacete ou num casebre, a Sua Presença se fará por meio de iluminados mensageiros.”
4 - REFERÊNCIAS:
1 - Kardec, Allan - “O Livro dos Médiuns” - 29ª Ed. -FEB - GB
2 - Armond, Edgard - “Mediunidade”- 9ª Ed. LAXE - SP.
3 - Luiz, André - “Desobsessão”- 1ª Ed. - FEB - GB
4 - Martins Peralva, José - “Estudando a Mediunidade” - 4ª Ed. - FEB - GB
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