22/07/2009

Curso Básico Sobre Mediunidade - Identificação dos Espíritos



 Da Identificação dos Espíritos

1 - INTRODUÇÃO:
“Amados não creiais a todo o Espírito, mas provai se os Espíritos são de Deus”.
(I João 4:1)
“No que respeita às instruções gerais que nos trazem os Espíritos, o mais é o ensino que nos proporcionam e não o nome sob o qual se apresentam”.
ALLAN KARDEC
“Se a individualidade do espírito pode nos ser indiferente, o mesmo não se dá quanto às suas qualidades.
É bom ou mau o Espírito que se comunica? Eis a questão.”ALLAN KARDEC




2 - LÓGICA, BOM SENSO, RAZÃO:
A identificação do Espírito pelo nome não deve constituir preocupação do médium ou dos freqüentadores da reunião, pois, o mais importante é o teor dos ensinos que nos transmitem, seja qual for o nome ou a forma sob a qual de apresente o comunicante.
Devemos considerar que, se o Espírito pode imprimir ao seu perispírito a forma que queira, este poderá apresentar-se sob a aparência de outra entidade, ou para infundir maior confiança ao médium, ou com o fim deliberado de enganar.
O mesmo se dá quanto ao nome com o qual se comunica, pois, nenhuma referência dispomos para comprovar a sua autenticidade, senão o teor de sua mensagem, condizente ou não com o nome indicado.
Será prudente, portanto, frente a qualquer comunicante, ainda que se apresente como é ou um dos guias da reunião, analisar rigorosamente o teor da comunicação, aceitando apenas e exclusivamente, aquilo que esteja dentro da lógica, do bom senso e da razão.




3 - DA LINGUAGEM DOS ESPÍRITOS:
A respeito da identificação dos Espíritos transcrevemos algumas recomendações de “O Livros dos Médiuns”, para nossa meditação.

DA LINGUAGEM DOS ESPÍRITOS
“A linguagem dos Espíritos está sempre em relação com o grau de elevação a que já tenham chegado.”
“Apreciam-se os Espíritos pela linguagem que usam e pelas suas ações. Estas se traduzem pelos sentimentos que eles inspiram e pelos conselhos que dão”.
A linguagem dos Espíritos Elevados é sempre idêntica senão quanto à forma, pelo menos quanto ao fundo.Os pensamentos são os mesmos, em qualquer tempo e em todo o lugar.
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Não se deve julgar da qualidade do Espírito pela forma material, nem pela correção de estilo.É preciso sondar-lhe o íntimo, analisar-lhe as palavras, pesá-las friamente, maduramente e sem prevenção.
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Os bons Espíritos só dizem o que sabem; calam-se ou confessam a sua ignorância sobre o que não sabem.
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Os bons espíritos são muito escrupulosos no tocante às atitudes que hajam de aconselhar.
Nunca, qualquer que seja o caso, deixam de objetivar um fim sério e eminentemente útil.
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Os bons Espíritos só prescrevem o bem.Nunca ordenam; não se impõem, aconselham e, se não são escutados, retiram-se.
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Os bons Espíritos não lisonjeiam; aprovam o bem feito, mas sempre com reserva.
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PARA JULGAR OS ESPÍRITOS, COMO PARA JULGAR OS HOMENS É PRECISO, PRIMEIRO, QUE CADA UM SAIBA JULGAR-SE A SI MESMO.
A dos Espíritos inferiores ou vulgares sempre algo refletem das paixões humanas.
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Qualquer ofensa à lógica, à razão e à ponderação não pode deixar dúvida sobre a sua procedência, seja qual for o nome com que ostente o Espírito.
Deve-se desconfiar dos Espíritos que com muita facilidade se apresentam, dando nomes extremamente venerados, e não aceitar o que dizem, senão com muita reserva.
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Reconhecem-se os Espíritos levianos pela facilidade em que predizem o futuro e precisam fatos materiais que não nos é dado ter conhecimento.
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Qualquer recomendação que se afaste da linha reta do bom senso, ou das leis imutáveis da Natureza, denuncia um Espírito atrasado e, portanto, pouco merecedor de confiança.
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Máxima nenhuma, nenhum conselho que se não conforme estritamente com a pura caridade evangélica pode ser obra de bons Espíritos.
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Os conhecimentos de que alguns Espíritos se enfeitam, às vezes, com uma espécie de ostentação, não constituem sinal de superioridade deles.
A inalterável pureza dos sentimentos é, para esse respeito, a verdadeira pedra de toque.
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SE NÃO FÔSSEIS IMPERFEITOS, NÃO TERÍEIS EM TORNO DE VÓS SENÃO BONS ESPÍRITOS; SE FORDES ENGANADOS DE VÓS MESMOS VOS DEVEIS QUEIXAR.



4 - APARÊNCIA:
Podendo alguns Espíritos enganar pela linguagem de que usam, segue-se que também podem, aos olhos de um médium vidente, tomar uma falsa aparência?
Isso se dá, porém, mais dificilmente.O médium vidente pode ver Espíritos levianos e mentirosos, como outros os ouvem, ou escrevem sob influência deles.Podem os Espíritos levianos aproveitar-se dessa disposição, para o enganar, por meio de falsas aparências; isso depende das qualidades do Espírito do próprio médium.(“O Livro dos Médiuns”)




5 - ESTADO VIBRACIONAL:
Muitos médiuns reconhecem os bons e os maus Espíritos pela impressão agradável ou penosa que experimentam à aproximação deles.Perguntamos se a impressão desagradável, a agitação convulsiva, o mal-estar são sempre indícios da má natureza dos Espíritos que se manifestam.
O médium experimenta as sensações do estado em que se encontra o Espírito que dele se aproxima.Quando ditoso, o Espírito é tranqüilo, leve, refletido; quando feliz, é agitado, febril, e essa agitação se transmite naturalmente ao sistema nervoso do médium.Em suma, dá-se o que se dá com o homem na terra: O bom é calmo, tranqüilo; o mau está constantemente agitado. (“O Livro dos Médiuns”).
Concluímos que a maneira mais segura de se identificar a natureza do Espírito é pelo teor de sua linguagem, falada ou escrita, mediante os conceitos que nos trazem.Tanto quanto, ao se aproximar de um médium, o Espírito pode por ele ser analisado, através do seu estado vibracional, ou seja, das sensações agradáveis ou desagradáveis que o Espírito infunde ao médium.




6 - REFERÊNCIAS:
“O LIVRO DOS MÉDIUNS” - FEB - Rio de Janeiro - 29ª edição.
“O NOVO TESTAMENTO” - Trad. João Ferreira de Almeida - IBB - Rio de janeiro.

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